Soldagem: Eletrofusão ou Termofusão?
Podemos considerar dois métodos para soldar tubos e dutos de PEAD: por meio da termofusão ou da eletrofusão dos materiais. Entenda cada um dos procedimentos:
O princípio da solda por TERMOFUSÃO:
A solda realizada pelo método da termofusão acontece no “topo ou superfície” do próprio produto sem a utilização de conexões e inclui 4 etapas: preparação, aquecimento (fusão), solda e resfriamento.
1. Preparação:
– Alinhamento dos produtos;
– Limpeza das superfícies de solda;
– Verificação do perfeito paralelismo entre as partes a serem soldadas;
– Medição da pressão de arraste.
2. Aquecimento (fusão):
– Pré-aquecimento com pressão elevada para assegurar que as superfícies de solda estejam totalmente em contato com a placa de aquecimento;
– O aquecimento com baixas pressões, praticamente zero, e por tempo correlacionado com a superfície de solda, para que o material atinja a temperatura de fusão apropriada.
3. Solda:
– Compressão das superfícies de solda fundidas, para que ocorra a penetração e a interligação molecular das duas partes;
– A pressão de solda deve ser mantida até que a temperatura caia abaixo da temperatura de fusão do material.
4. Resfriamento:
– Resfriamento durante a solda, com pressão elevada;
– Resfriamento após a solda. Alguns procedimentos, como a DVS 2207, recomendam manter a pressão de solda ainda nesta fase, outros recomendam zerar a pressão, mas sempre mantendo o conjunto imóvel até o fim do ciclo de cristalização do material (<110°C para PE e <150°C para PP);
– Resfriamento para aplicar carga e pressão. Pode ser executado já com as partes soldadas fora da máquina de solda, e já podem ser movimentadas, entretanto, somente deve ser aplicada pressão após a superfície de solda atingir a temperatura ambiente.
O princípio da solda por ELETROFUSÃO:
A solda realizada pelo método da eletrofusão acontece através da fusão dos tubos com uma conexão e segue o seguinte princípio:
Quando se aplica uma tensão elétrica nas “superfícies ou terminais” da conexão, surge uma corrente elétrica na resistência inserida no corpo, gerando calor, por efeito Joule, que leva à fusão da superfície interna da conexão e a superfície externa do tubo fazendo com que o material da conexão, quando se funde, expande-se para dentro, em direção ao tubo. Da mesma forma, o material em fusão do tubo expande-se para fora, em direção à conexão. Dessa forma, os dois materiais são empurrados, um contra o outro, formando uma pressão de solda, fazendo com que se misturem. Quando a corrente elétrica cessa, os materiais começam a resfriar lentamente, até a temperatura ambiente, formando novos cristalitos com a mistura dos dois materiais, soldando-se, tal como na solda de termofusão.
Para que esse processo realmente funcione, as seguintes condições são obrigatoriamente necessárias:
1. A superfície externa do tubo deve estar adequadamente raspada, assegurando a total retirada da camada oxidada (retirar camada mínima de 0,2 mm de espessura).
2. Como as conexões não podem ser raspadas, como os tubos, para eliminação da camada oxidada da superfície de solda, somente devem ser retiradas de suas embalagens no momento de sua soldagem, para evitar o contato prolongado com o ar (oxigênio) que as levariam à oxidação.
3. As chamadas zonas frias das conexões, nas extremidades, devem ser adequadamente dimensionadas para que não se fundam, funcionando como uma barreira ou tampão, impedindo o escape do material fundido entre a conexão e o tubo, obrigando que realmente expandam um contra o outro, gerando a pressão de solda necessária à interação (mistura das massas).
4. O corte dos tubos, seu alinhamento com a conexão, e seu diâmetro e ovalização também devem ser adequados para assegurar o princípio das zonas frias.
5. Durante a soldagem, até o fim do tempo de resfriamento, as peças em solda devem ser mantidas alinhadas e imóveis, com o auxílio de ferramentas alinhadoras.
Fonte: https://www.abpebrasil.com.br/
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