A evolução do polietileno ao decorrer de suas gerações
Nos anos 50 surgiu o polietileno (PE) da primeira geração, que era caracterizado por sua alta densidade e alta resistência. Esse material, porém, apresentava frágil ruptura após 10 anos de uso, o que levou a primeira geração do polietileno ao fim e a chegada da segunda geração para solucionar o problema.
A segunda geração, mais popular nos anos 80, solucionou o problema do polietileno através do aumento de seu peso molecular. Como consequência desta mudança, o PE acabou perdendo parte de sua alta densidade e resistência, porém o balanço geral de suas propriedades melhorou.
Foi neste momento em que o polietileno passou a ser diferenciado por sua densidade, dando início as nomenclaturas até hoje conhecidas como polietileno de média e alta densidade (PEMD e PEAD).
O problema da vez ocorreu porque a diferenciação por densidade causou confusão e dúvida para alguns usuários. A situação aconteceu porque não havia, ao certo, o estabelecimento da densidade para determinar quando a resina deixaria de ser de média para se tornar de alta densidade. Com a chegada do polietileno de baixa densidade (PEBD) a situação se agravou, pois além dos polietilenos com densidades próximas apresentarem comportamento muito diferente, dificultando o estabelecimento de uma densidade para realmente diferenciar os materiais, alguns fornecedores começaram a misturar PEAD com PEBD, criando algo semelhante ao PEMD para enganar consumidores com inexperiência no assunto.
Na terceira geração surgiu a necessidade de tornar o material mais competitivo, para isso seu MRS (força mínima exigida) foi aumentado, dando início as pesquisas sobre bimodais (materiais que apresentam duas concentrações de peso molecular para melhorar seu processamento e propriedades mecânicas).
Nesta geração o polietileno teve aumento em seu peso molecular, sem perder sua densidade, alcançando alta resistência e o surgimento do PE 100.
A constante evolução do PE faz com que os tubos plásticos sejam cada vez mais competitivos para o mercado. Este material é recomendado para a produção de tubos, pois apresenta alta resistência à pressão interna de líquidos, à abrasão causada por minérios, à tração de cabos, entre outros fatores.
Fonte: Manual de Tubulações de Polietileno e Polipropileno – José R. B. Danieletto